O medo e eu
Responder ao desafio lançado pela Luísa, de assumir publicamente os meus maiores medos, exigiu da minha parte alguma reflexão. Não porque não os tenha, mas porque tive de seleccionar o que MAIS me assusta, sem entrar pelo campo dos medos existenciais. Aqui vai o resultado:
1- No domínio do irracional, assusta-me brutalmente a hipótese de ser enterrada viva. A minha avó contava-me que, na sua juventude, se falava muito de haver surpresas desagradáveis, quando se faziam as transladações dos corpos, nos cemitérios. Volta e meia deparavam-se com caixões arranhados. Sei que é mórbido, mas desde essa altura fiquei com o pânico de que me pudesse acontecer o mesmo a mim. Por isso, quero ser cremada. Chamem-me louca paranóica! No entanto, a minha claustrofobia não se resume a este mito, que o Hitchcock tratou da melhor maneira num episódio lendário, em que um preso fazia um trato com um coveiro. Dificilmente me apanham numa gruta, e muito menos numa mina ou submarino, se é que me faço entender. Por outro lado, ando na boa de metro e os elevadores não me assustam. Incoerências.
2 - Tenho medo de acabar mal os meus dias, tipo a viver na rua ou mergulhada na loucura. A demência assusta-me muito, sempre me assustou. Mais que isso, só mesmo apanhar herpes... labial é mau, mas genital então... nem falar.
3 – Tenho medo de surpresas. O que os outros consideram ser uma surpresa agradável, nem sempre o é para mim. Tenho medo de não conseguir disfarçar a minha reacção.
4 – Tenho medo de ficar fechada fora de casa sem roupa (isto no Verão claro). Às vezes tenho umas crises de sonambulismo, são raras mas existem. A mais grave aconteceu há uns anos atrás, durante a minha viagem de finalistas, na República Dominicana. Ficámos num hotel em que os quartos eram em pequenas vivendas no meio da florestação. Mal abríamos a porta, estávamos logo no exterior. A sonhar, a sonhar, acabei na rua. Felizmente, uma das colegas com quem fiquei já estava no quarto e pôde abrir-me a porta. Felizmente, dormi de pijama (estava calor e tinha considerado a hipótese de dormir só de cuecas... ) porque a primeira coisa que vi, ao acordar, foi o segurança, que andava a fazer a ronda, a olhar pasmado para mim. Imaginem se isso me acontece em casa! Com os vizinhos estronços que tenho...
5 - Tenho pânico daquelas pessoas que, à mínima coisa, largam uma anedota. Tipo, estão connosco e saem-se com uma do género: “Sabes aquela do padre blá blá blá?” Nessas situações, começo logo a tremer porque sei, tenha a perfeita noção, de que não vou achar graça nenhuma. Até porque, salvo raras excepções, não me costumo entuasiasmar com anedotas. Entretanto, quem contou espera uma reacção efusiva, que uma pessoa se desate a rir com força e vontade...e eu tenho uma incapacidade manifesta para fingir o riso. O máximo que consigo é um esgar amarelado, seguido de um ah ah ah ah ...
Et voilá.... Tenho outros medos mais sérios, mas esses são terrivelmente aborrecidos.... Agora vou passar a batata quente aos autores dos seguintes blogs. Não são cinco, mas não se pode ter tudo na vida.
Soestorias
Detalhes de mim
Quebra
1- No domínio do irracional, assusta-me brutalmente a hipótese de ser enterrada viva. A minha avó contava-me que, na sua juventude, se falava muito de haver surpresas desagradáveis, quando se faziam as transladações dos corpos, nos cemitérios. Volta e meia deparavam-se com caixões arranhados. Sei que é mórbido, mas desde essa altura fiquei com o pânico de que me pudesse acontecer o mesmo a mim. Por isso, quero ser cremada. Chamem-me louca paranóica! No entanto, a minha claustrofobia não se resume a este mito, que o Hitchcock tratou da melhor maneira num episódio lendário, em que um preso fazia um trato com um coveiro. Dificilmente me apanham numa gruta, e muito menos numa mina ou submarino, se é que me faço entender. Por outro lado, ando na boa de metro e os elevadores não me assustam. Incoerências.
2 - Tenho medo de acabar mal os meus dias, tipo a viver na rua ou mergulhada na loucura. A demência assusta-me muito, sempre me assustou. Mais que isso, só mesmo apanhar herpes... labial é mau, mas genital então... nem falar.
3 – Tenho medo de surpresas. O que os outros consideram ser uma surpresa agradável, nem sempre o é para mim. Tenho medo de não conseguir disfarçar a minha reacção.
4 – Tenho medo de ficar fechada fora de casa sem roupa (isto no Verão claro). Às vezes tenho umas crises de sonambulismo, são raras mas existem. A mais grave aconteceu há uns anos atrás, durante a minha viagem de finalistas, na República Dominicana. Ficámos num hotel em que os quartos eram em pequenas vivendas no meio da florestação. Mal abríamos a porta, estávamos logo no exterior. A sonhar, a sonhar, acabei na rua. Felizmente, uma das colegas com quem fiquei já estava no quarto e pôde abrir-me a porta. Felizmente, dormi de pijama (estava calor e tinha considerado a hipótese de dormir só de cuecas... ) porque a primeira coisa que vi, ao acordar, foi o segurança, que andava a fazer a ronda, a olhar pasmado para mim. Imaginem se isso me acontece em casa! Com os vizinhos estronços que tenho...
5 - Tenho pânico daquelas pessoas que, à mínima coisa, largam uma anedota. Tipo, estão connosco e saem-se com uma do género: “Sabes aquela do padre blá blá blá?” Nessas situações, começo logo a tremer porque sei, tenha a perfeita noção, de que não vou achar graça nenhuma. Até porque, salvo raras excepções, não me costumo entuasiasmar com anedotas. Entretanto, quem contou espera uma reacção efusiva, que uma pessoa se desate a rir com força e vontade...e eu tenho uma incapacidade manifesta para fingir o riso. O máximo que consigo é um esgar amarelado, seguido de um ah ah ah ah ...
Et voilá.... Tenho outros medos mais sérios, mas esses são terrivelmente aborrecidos.... Agora vou passar a batata quente aos autores dos seguintes blogs. Não são cinco, mas não se pode ter tudo na vida.
Soestorias
Detalhes de mim
Quebra
4 Comments:
Tu deves pensar que eu tenho a teu vida!
Já n me encontro enferma...
By lidia, at 5:59 da tarde, abril 17, 2006
Só para que saibas que leio o teu blog.
E só mudei de "casa", porque fazia sentido e estava de facto farta. Quanto ao meu manifesto, nasceu de uma necessidade aguda de me manifestar contra o mundo em geral - calhou a blogosfera ser o alvo mais à mão.
Bjks
J
By Joana, at 6:37 da tarde, abril 17, 2006
Tenho os teus medos 1,2, e 3.
Tb tenho o medo de ser enterrada viva...quando era pequena, contaram-me q, quando trasnladaram o corpo do Carlos Paião, descobriram o caixão todo arranhado por dentro, e não me saía da cabeça a afliçaõ q ele deve ter sentido...fiquei traumatizada com isso, daí o medo.
O teu medo 2, está lá tb na minha lista...e também não gosto de surpresas...tal como tu, sou genuínamente expressiva, e não consigo disfarçar o q me vai na alma (infelizmente)!
By Luisa Seabra, at 10:40 da manhã, abril 18, 2006
Conquentão um desafio. Hum, deixa-me pensar sobre o assunto...
S
By Anónimo, at 11:13 da manhã, abril 18, 2006
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