Teias de Aranha

domingo, junho 25, 2006

E Deus criou...

Josh Holloway, a oitava maravilha do Mundo


O Homem...

Admirem...


...a forte personalidade que este senhor emana



São motivos como este que fazem do "Lost" uma grande série


"ou sou enrabado ou me vão ao cú"

Das duas uma: ou sou enrabado ou me vão ao cú - um dilema actual, mas não recente. Porque há coisas que nunca mudam, também nós, gente dos Tempos Modernos, à semelhança dos nossos antepassados, vivemos entre a espada e a parede. Entalados entre o que as nossas convicções, princípios e ambições nos incitam a alcançar, e os espartilhos a que o quotidiano de sobrevivência mundana nos limita. É uma guerra inglória, mas não para todos. Porque há heróis que não tiveram o caixão como estandarte. Mas até esses, a páginas tantas, optaram por ceder. Relembro o caso de Nicolau Maquiavel, cuja inteligência sempre me maravilhou - porque sempre admirei a inteligência em oposição à esperteza. Até este grande percursor do pensamento político moderno - e cujos escritos foram tão mal interpretados que, hoje em dia, o seu nome é sinónimo de maldade e falta de escrúpulos - foi obrigado a abdicar dos pontos de vista em função de um ideal maior. Não se tratou de uma renúncia, apenas de uma retirada estratégica, que lhe salvou a vida, permitindo também que "O Príncipe" visse a luz do dia. Considerações morais à parte, a obra tornou-se um "ex-libris" da arte governativa, que mantém a actualidade. Maquiavel inscreveu o seu nome na História Mundial, e por isso aparenta ter saído de uma outra dimensão. Erro. Ele também viveu aqui, simplesmente arriscou o suficiente para conseguir morrer na pobreza. Contraditório, ou talvez não. Talvez seja essa a chave do dilema "ou sou enrabado ou me vão ao cú", que dá o mote ao post. Nós - e quando digo nós, refiro-me a todos os que não nasceram com uma vida financeira privilegiada - temos que aguentar, impávidos e serenos, as incompetências, empregos que em nada nos realizam e a sensação permanente de ser a vida a viver-nos a nós, e não o contrário.
Mas a semente da discórdia está cá, de pedra e cal, plantada no nosso espírito. Queremos mais. Sabemos que podemos chegar lá, mas faltam-nos as forças para lutar. E que luta esta contra as contas do supermercado, electicidade e gás, renda da casa, ginásio, o jantar com os amigos, as férias junto ao mar, a roupinha da moda, o cabelo bem cortado, as unhas impecáveis, o dentista, o dermatologista, o ginecologista, a internet, o micro-ondas, o carro, a gasolina, o IRS, o tabaco, caracoladas e imperiais, a televisão, o computador, a máquina de lavar roupa, CD´s, DVD`s, livros, ... Que lista tão extensa e ao mesmo tempo tão redutora...
Será possível abdicar de tudo isto? Na prática, NÃO! Então como renunciar aos magros ordenados, mandar gente que não interessa para o espaço, e arriscar ser feliz? E arriscar empreender algo para se encher a boca com um: ao menos tentei?
Ou se mantém a profissão que já se percebeu que não é para nós, mas dá para as despesas maiores, ou se vai à luta, que não se afigura nada fácil. Resumindo: Ou se é enrabado, ou se leva no cú.
Pela parte que me toca, e farta de ser enrabada, decidi começar a levar no cú. Dei o grito do Ipiranga e disse que não me enrabavam mais. Em suma, passei dos desejos à acção. Iniciei uma guerra que não sei como irá terminar, mas que me sinto em condições para travar. E porque sei que, se continuasse assim, morreria assim. Sem tentar nada. Há algo mais inglório do que morrer sem tentar? Para mim, não. E surpreendentemente, as mudanças já começaram. Para melhor. Já pus mãos à obra, consciente de que, se não der a volta ao texto agora, nunca mais darei.

quarta-feira, junho 21, 2006

Colidade de vida e..

Colocarem um ecrã de gigante no nosso local de trabalho para que todos, em conjunto como se fôssemos um, possamos ver o PORTUGAL - MÉXICO

Pois é... olarecas

gota gota

nhami nhami

sexta-feira, junho 09, 2006

Por onde andei

Finalmente consegui. Há séculos que não me aproximava deste blog... Não é que se tenham passado coisas realmente interessantes na minha vida ou que hajam novidades dignas do nome (não, não vou usar aquele cliché que refere o nome de um hipermercado conhecido pertencente ao grupo Sonae), mas há sempre fetedaivers engraçados. Por exemplo, não sei se interessa, mas nas duas últimas semanas fui quatro vezes ao dentista. Não estou a exagerar, é mesmo verdade. A minha boca esteve em obras, que por sinal não foram nada baratas, embora me abstenha de mencionar aqui o seu custo, de modo a não ferir olhinhos mais suscpetíveis. Agora só lá ponho os pés, novamente, em Julho, porque o meu cartão de crédito, coitado, não aguenta muito mais pilhagens este mês. A vvida não está nada fácil!
No entanto, passadas que estão estas duas semanas de autêntica loucura laboral, de uma coisa me orgulho: Ainda consegui arranjar um espaço para ir até ao Super Bock Super Rock. Se fizessem uma pequena ideia da correria em que tenho andado: trabalho- casa - casa - trabalho - insanidade - trabalho- trabalho - dentista - trabalho - casa -loucura - alucinação - tudo ao rubro, diriam assim: comékaquela mulher ainda teve coragem para se ir enfiar num festival que começou às seis da tarde e só acabou às três da manhã, sempre a bombar, tendo depois que regressar a sua residência além-rio, deitando-se apenas às quatro e meia da manhã para no dia seguinte se levantar às oito para um dia de trabalho? é uma ganda maluca esta mulher! Pois é sou. Pois é, fui! Apesar da idade avançada, aguentei-me à jarda. Estive lá a comer pita shoarma (arraçada de sola de sapato) e a buber umas imperiais tamanho gigante. Tão grandes que quase precisava das duas mãos para as segurar. ehehe!
Foi uma noite MEMORÁVEL! E não falo só das bandas. Editors, dEUS, Cul, Keane e Franz Ferdinand arrasaram comigo, é um facto. Mas foi tudo sempre a abrir. E deu para perceber que só me dou com gente louca, karma que me persegue desde a adolescência. Tenho propensão para a coisa, que hei-de fazer? Mas juro que nunca suspeitaria daquela veia móxista do márinho....
É um facto que, no dia seguinte, ainda estava à procura do autocarro que me tinha abalroado sem dó nem piedade, porém recomendo vivamente um programa destes para quem estiver a precisar de descarregar energias. Uma pessoa fica a saber como se sente um pão-de-ló quando o esborrachamos, mas é revigorante. E daqui a uns meses largos estou pronta para outra.... Por agora vou contentar-me com os santos populares, onde ainda nem sequer pus os meus pezitos...